O setor mineral superou em oito meses de 2021 o faturamento registrado em todo o ano passado. Na comparação entre os oito primeiros meses deste ano com o período anterior, a mineração mais do que dobrou de tamanho. O faturamento e o recolhimento de tributos da atividade cresceram 112% no período, enquanto a participação do saldo comercial mineral na balança comercial passou de 49% para 69%. As informações são do jornal Correio.
Na Bahia, o faturamento da atividade passou de R$ 3,3 bilhões nos oito primeiros meses de 2020 para R$ 6 bilhões em 2021, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro da Mineração (Ibram). “Temos acompanhado há algum tempo o crescimento da mineração na Bahia. Vem crescendo substancialmente, quase dobrou de tamanho de um ano para o outro”, ressaltou Wilson Brumer, presidente do Conselho Diretor do Ibram. “Goiás e Mato Grosso também cresceram bastante, mas a Bahia chama a atenção”.
A arrecadação do Cfem, os royalties pagos pela mineração, registraram um aumento de 44% na Bahia. Os recursos são distribuídos por um total de 178 municípios no estado.
Segundo o Ibram, de janeiro a agosto a produção nacional cresceu 9% em toneladas, na comparação com jan-ago 2020, passando de 760 milhões de toneladas para cerca de 830 milhões de toneladas – esse volume é uma estimativa, com base na produção dos seguintes minerais: agregados construção, minério de ferro, bauxita, fosfato, manganês, alumínio primário, potássio concentrado, cobre contido, zinco concentrado, liga de nióbio, níquel contido, ouro.
A comercialização da produção gerou R$ 220 bilhões de faturamento (jan-ago 21), 112% acima de jan-ago 20, que foi de R$ 103,7 bilhões. A variação cambial e a do preço das commodities minerais influenciaram este resultado de janeiro a agosto deste ano, que já superou, inclusive, o de todo o ano de 2020: R$ 209 bilhões. O minério de ferro registrou maior faturamento: R$ 162 bilhões; em seguida vieram ouro com R$ 18 bilhões, e cobre com R$ 11 bilhões.
As exportações de minérios no Brasil registraram aumento de 94% de janeiro a agosto de 2021. E isso foi decisivo para elevar a participação do saldo mineral no saldo da balança comercial de 49% para 69%, na comparação com janeiro-agosto de 2020 (jan-ago 2020). O setor mineral expandiu para US$ 41 bilhões o valor projetado para ser investido até 2025, sendo 47% desse total já em execução.
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