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EXPEDIÇÃO INÉDITA VAI MAPEAR A PREGUIÇA DE COLEIRA NA BAHIA

Redação - 01/10/2021 17:45 - Atualizado 01/10/2021

Começou nesta sexta-feira (1°) uma expedição inédita na Bahia, com o objetivo de estudar a preguiça de coleira (Bradypus torquatus), espécie endêmica ameaçada de extinção. O projeto é liderado pelo Instituto Tamanduá Brasil e tem apoio da Concessionária Litoral Norte (CLN), empresa do Grupo Invepar.

A equipe de pesquisadores, composta de médicos veterinários, biólogos e ecólogos, saiu de Ilhéus, no sul da Bahia, onde está a base do Instituto Tamanduá Brasil, e chegou ao norte do estado, na região de Mata de São João, onde permanecerão durante dois dias, catalogando os animais existentes na região da Reserva Sapiranga. Dali, subirão para o extremo norte baiano, na região do Conde, onde devem ficar até a semana que vem, estudando a distribuição do animal, antes de seguir para Sergipe.

Os pesquisadores são da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), e do Instituto Tamanduá Brasil. Eles contam com a parceria da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e das universidades Federal de Minas Gerais (UFMG) e de São Paulo (USP) para análise do material que será coletado. A expedição será registrada pelo fotógrafo Adriano Gambarini, da National Geographic.

A fundadora e coordenadora do Instituto Tamanduá Brasil, médica veterinária Flávia Miranda, explicou à Agência Brasil o objetivo da pesquisa: “esta é uma expedição inédita, onde a gente vai trabalhar, ver o limite norte dessa distribuição e buscar capturar esses animais para coleta de amostra biológica para aumentar as informações sobre a espécie, que está ameaçada de extinção pela questão do desmatamento, da especulação imobiliária”.

A preguiça de coleira é do grupo dos Xenarthras, que inclui os tamanduás, tatus e as preguiças. “São todos parentes. É um grupo evolutivo muito antigo. Tem mais de 60 milhões de anos e é exclusivo da Amértica Latina. Uma coisa que é importante a gente lembrar é que essa espécie é única do Brasil. Só ocorre aqui no Brasil, é endêmica, e a distribuição dela vai do Rio de Janeiro até o Sergipe”, informou a pesquisadora.

 

 

 

 

Foto – Divulgação – Agerba

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