Salvador está na 357ª posição no ranking geral do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR), aponta estudo inédito desenvolvido pelo Programa Cidades Sustentáveis (PCS), em parceria com a Sustainable Development Solutions Network (SDSN), uma iniciativa da ONU para monitorar os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) em seus países-membros. De acordo com o levantamento, a capital baiana se encontra na 13ª posição entre as 26 capitais estaduais, com pontuação média de 55,18 considerando todos os objetivos a serem atingidos. Quanto mais próximo de 100, mais perto de alcançar as metas preconizadas pela ONU.
O estudo sugere que Salvador “tem grandes desafios a superar para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) até 2030, estando distante das metas estabelecidas em oito dos 17 ODS.”. “Salvador percorreu a metade do caminho para se tornar uma cidade sustentável até 2030. Ela ainda tem até 2030 para cumprir os indicadores, esse é o desafio da cidade. É algo que ela pode fazer. Teria que avançar nos objetivos que a cidade aparece com mais problemas, que são a saúde, educação e desigualdade. São os desafios da cidade. Teria que inverter prioridades, definir orçamentos para lugares de maior vulnerabilidade para poder melhorar a qualidade de vida media da cidade”, avaliou o Diretor Presidente do Instituto Cidades Sustentáveis, Jorge Abrahão.
A cidade registra oito ODS assinalados na cor vermelha, nível mais baixo do índice, sendo que os objetivos situados no patamar inferior da tabela estão os de número 3 – Saúde e bem-estar (51,1 pontos), 4 – Educação de qualidade (46,6 pontos), 5 – Igualdade de Gênero (35,4 pontos), 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico ( 40,7 pontos), 10 – Redução das Desigualdades (32,5 pontos), 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis ( 33,3 pontos), e 16 – Paz, Justiça e Instituições eficazes ( 25,8 pontos) sendo que alguns desses pontos são desafios compartilhados por prefeitos e gestores públicos de todo o país.
De acordo com Abrahão, Salvador compartilha dos mesmos problemas de grande parte das cidades brasileiras. “Os principais desafios dos municípios brasileiros estão relacionados às questões sociais. como nós somos um país com muita concentração de renda e muito desigual, os temas que mais afligem os municípios são as questões de pobreza, qualidade da saúde pública, qualidade da educação pública, as desigualdades, tudo isso que são ODS que os municípios podem elencar e cumprir, fazendo investimentos e os definindo como prioridades”, completou.
Por outro lado, o índice mostra que Salvador está muito próxima de alcançar plenamente o ODS 7 – Energia Limpa e Acessível (99,0 pontos), o ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura ( 87,7 pontos) e o ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima ( 96,4 pontos) e alcançou plenamente o ODS 14 – Vida na Água (100 pontos).
Levantamento
O Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR) é um estudo inédito desenvolvido pelo Programa Cidades Sustentáveis (PCS), em parceria com a Sustainable Development Solutions Network (SDSN), uma iniciativa da ONU para monitorar os ODS em seus países-membros. A iniciativa conta com o apoio do Projeto CITinova e consiste em um extenso trabalho de seleção, coleta e sistematização de dados de 770 municípios brasileiros, incluindo as capitais estaduais, além de cidades de todas as regiões metropolitanas e biomas do país. Ao todo, foram utilizados 88 indicadores de gestão relacionados aos diversos temas abordados pelos 17 ODS. O levantamento dos dados foi realizado pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). Embora as cidades ainda tenham quase dez anos para avançar na Agenda 2030, o estudo mostra que a maioria dos municípios está muito distante de cumprir as metas estabelecidas em 2015.
Foto: divulgação
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