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FACULDADES PARTICULARES REJEITAM AULA SEMIPRESENCIAL

Redação - 23/09/2021 07:30 - Atualizado 23/09/2021

Onze meses depois da liberação da prefeitura para a realização de aulas semipresenciais, as faculdades particulares de Salvador ainda preferem se manter no ensino remoto. Apenas a Faculdade Baiana de Direito e Gestão, no Costa Azul, que tem carga horária 100% teórica, voltou a receber os alunos presencialmente nas salas de aula, desde 30 de agosto. As outras, como Unime, UniFACS, UniFTC, Ucsal, e o Senai Cimatec rejeitam o modelo semipresencial. Ele só é adotado para as atividades práticas. As outras disciplinas, que não precisam de laboratório, continuam mediadas por tecnologia. Algumas universidades não têm sequer previsão de quando ocorrerá o retorno completo de todas as matérias, como a Faculdade 2 de Julho e a Unijorge.

Legalmente, as instituições de ensino superior da capital baiana já estão autorizadas desde outubro de 2020 a funcionarem na modalidade híbrida, desde que seguissem os protocolos sanitários exigidos pela prefeitura. Porém, caberia a cada uma definir quando e como ocorreria esse retorno. A maioria preferiu manter-se no on-line. Desde o início da pandemia, quase 200 professores foram demitidos, as reclamações cresceram mais de 1300% no Ministério Público da Bahia (MP-BA) e os salários reduziram até 90%.

Segundo o sindicato, as instituições de ensino privadas só não retornaram por resistência dos alunos. “As instituições já estão autorizadas há muito tempo, mas o que está havendo é resistência dos estudantes em terem aula presencial. A probabilidade de voltar ao ensino presencial como antes da pandemia é remotíssima, porque 65% dos alunos não têm mais interesse no modelo anterior”, declara o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior da Bahia (Semesb), Carlos Joel, citando uma pesquisa nacional, feita pela Associação Brasileiras de Mantenedores de Ensino Superior (ABMES).

Segundo Joel, a probabilidade é que o modelo híbrido se mantenha mesmo após a pandemia do novo coronavírus, a partir da lógica de as aulas teóricas serem de forma remota e as práticas de maneira presencial. “Ninguém tem resposta definitiva, mas estamos estudando novas metodologias para que o ensino seja mais interativo e não tenha necessidade de as pessoas estarem se deslocando”, argumenta Joel.

Ele ainda diz que o curso de Direito, por exemplo, não precisa mais ser presencial, visto que até as audiências judiciais são feitas remotamente. “Não há lógica de trabalhar esse modelo e ter um aglomerado de pessoas na sala de aula, porque a vacinação não está demonstrando que é suficiente para inibir as pessoas que tenham covid. Então não queremos trazer para gente a responsabilidade de algum aluno ser contaminado e termos problema”, justifica. (Correio)

Em contato com o Bahia Econômica A Unime, Pitágoras e Unopar enviaram um pronunciamento. Veja abaixo:

“Unime, Pitágoras e Unopar informam que o retorno às aulas presenciais vem ocorrendo gradativamente, seguindo os decretos estaduais e municipais e respeitando os protocolos sanitários do setor da Educação. Caso algum aluno não se sinta confortável com a retomada presencial, pode acessar o conteúdo disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) para que não haja qualquer impacto na continuidade dos estudos. Para preservar a saúde de todos, está sendo seguido rígido protocolo de segurança, com higienização, medidas de proteção e distanciamento, conforme recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. Entre essas medidas estão: uso obrigatório de máscaras, checagem de temperatura, disponibilidade de álcool gel para higienização das mãos e tapetes desinfetantes na entrada dos ambientes. As unidades preveem ainda maior distanciamento entre alunos nas salas de aula, clínicas e laboratórios, além da readequação dos intervalos e espaços coletivos para evitar aglomerações. As instituições comunicaram sobre o retorno aos alunos com antecedência por meio dos canais oficiais, assim como todos os protocolos e medidas preventivas.”

Foto: divulgação

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