O presidente da Heineken no Brasil, Mauricio Giamellaro, afirmou, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, que a produção da cerveja dobrou no Brasil e que o país representa hoje o maior volume da marca Heineken no mundo, o dobro do segundo colocado, os Estados Unidos.
Giamellaro disse ainda que a primeira fábrica a produzir a cerveja Heineken foi a de Alagoinhas, na Bahia, mesmo assim dois anos depois de ser comprada. Segundo ele, os padrões de produção da Heineken são muito diferentes e foi preciso uma adaptação em todas as cervejarias compradas.
“A Heineken demora três vezes mais para ficar pronta do que qualquer cerveja premium do mercado brasileiro. Enquanto a média é de oito a 12 dias, a gente demora mais de 25 dias. A fermentação é em tanques horizontais – enquanto a maioria das cervejarias fermenta em tanques verticais”, disse o presidente da empresa.
Segundo ele, o brasileiro estava acostumado a beber cerveja diluída, com quase 50% de carboidrato –milho, na maioria das vezes. Indagado porque a Heineken foi apontada como a marca de cerveja preferida dos brasileiros em uma pesquisa do banco Credit Suisse, mas, apesar disso, não é a mais vendida, posição ocupada pela Skol, da Ambev, Giamellaro respondeu:
“Nós viemos com a receita puro malte, que muda a qualidade. A Heineken tem um índice de amargor muito acima da média do mercado brasileiro. Depois que o consumidor toma cinco, seis, sete vezes, ele começa a perceber que aquele amargor é típico, e é da Heineken. Aí ele tem uma dificuldade grande em voltar para as outras cervejas”, disse ele, reafirmando que a receita da Heineken é água, malte, lúpulo e nada mais.
E concluiu dizendo que vai se tornar a a melhor cervejaria do Brasil, não necessariamente a maior.