No final de junho de 2021, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e várias associações ligadas ao turismo no Brasil, inclusive a Federação Baiana de Turismo e Hospitalidade do Estado da Bahia (FeTur-BA), encaminharam ao presidente Bolsonaro ofício pedindo a retomada do horário de verão. As associações reconhecem que o horário de verão não gera grandes reduções no consumo de energia elétrica, mas estimula a adoção de novos hábitos de consumo e reflete positivamente para bares, restaurantes e meios de hospedagem. “O retorno do horário de verão representa uma valiosa ajuda do Governo Federal ao setor, que sofreu de forma desproporcional com as restrições impostas durante a pandemia”, diz o ofício.
Segundo o ofício o setor de Gastronomia e Entretenimento era um dos mais privilegiados com o horário de verão e a grande procura de clientes e turistas, que chegava a promover 30% a mais na geração de empregos e na arrecadação de tributos ao erário, com produtos comercializados, especialmente bebidas, que tem alta tributação de IPI e ICMS.
A Presidência da República retornou o ofício afirmando que o pleito foi encaminhado ao Ministério do Turismo e ao Ministério das Minas e Energia, mas nada foi resolvido desde então. Nesta quarta-feira, pesquisa do Datafolha mostrou que 55% dos brasileiros e quase 60% dos nordestinos são a favor da medida.
O Horário de Verão no Brasil começou no governo de Getúlio Vargas, em 1931, e foi adotado em períodos alternados, sendo extinto no governo Bolsonaro. A prática de adiantar o relógio em uma hora é um grande incentivo ao turismo do país e principalmente ao turismo interno.