O mercado financeiro subiu a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, pela vigésima quarta semana, ao mesmo tempo em que elevou sua previsão para a taxa básica de juros em 2021.
Para a inflação, a expectativa do mercado para o ano de 2021 avançou de 8% para 8,35%. O centro da meta de inflação, em 2020, é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Com isso, a projeção do mercado já está acima do dobro da meta central de inflação (7,5%).
Para 2022, o mercado financeiro subiu de 4,03% para 4,10% a estimativa de inflação. Foi a nona alta seguida no indicador. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.
O mercado também subiu de 8% para 8,25% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Com isso, os analistas passaram a estimar uma alta maior nos juros neste ano. Para o fim de 2022, os economistas do mercado financeiro elevaram a expectativa para a taxa Selic de 8% para 8,5% ao ano, o que pressupõe alta do juro básico da economia também no próximo ano.
As previsões do mercado constam no relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
Foto: Reinaldo Canato/Veja.com