Empresária fala sobre a importância em investir para evidenciar a força e as conquistas das mulheres
A crise econômica ocasionada pela pandemia do novo coronavírus gerou um agravamento no mercado de trabalho brasileiro. Segundo os dados mais recentes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o percentual de mulheres que estavam em atuação caiu de 53,3% para 45,8% no terceiro trimestre de 2020, o que corresponde a 7,5 pontos percentuais. Esse, por sinal, é o nível mais baixo desde 1990, quando a taxa ficou em 44,2%, de acordo com o Instituto.
Ao comparar os dados do terceiro trimestre do ano passado com o mesmo período de 2019, o Ipea revela que o impacto entre os homens foi menor. O retrocesso foi de 71,8% para 65,7%, o que significa 6,1 pontos percentuais.
Apesar de agravado neste período de pandemia, a diminuição da atuação feminina reflete um problema que é estrutural: a desigualdade de gênero. Sendo esse um pequeno cenário de toda a problemática que envolve as mulheres e os desafios na carreira em suas lutas diárias, as mulheres ainda precisam lidar com preconceitos machistas dentro dos ambientes de trabalho e empresarial.
Neste aspecto, questionamentos como: “será que ela é capaz”, “a maternidade não vai atrapalhar” ou “quem é o gestor daqui” ainda fazem parte do dia a dia de mulheres em mercados culturalmente masculino.
Como mulher e empresária, Patrícia Maria, gestora da Trihair – Indústria de Cosméticos, sabe bem a importância nas lutas das mulheres para conquistarem os seus espaços no mercado empresarial, afirmando que, por entender a importância do seu papel, enquanto mulher e empresária, a indústria sob sua gestão possui no DNA a importância de destacar a mulher como protagonista de suas conquistas.
“A mulher luta muito para poder conseguir o seu lugar no mercado e ainda sofre com desigualdades e discriminação, mesmo mostrando valor e até estudando e demandando mais tempo que os homens”, frisa.
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