A inflação tem afetado cada vez mais o bolso dos brasileiros, impactando inclusive na alimentação. Para as famílias com renda de um salário mínimo, que atualmente é de R$ 1,100, o preço da cesta básica de alimentos chega a consumir 65% dos ganhos mensais.
Na capital baiana, esse percentual fica em 47,71% do salário mínimo. Em agosto, a cesta básica custou R$ 485,44 dos rendimentos mensais dos soteropolitanos.
Em Porto Alegre, que tem a cesta mais cara do país, a R$ 664,67, o percentual é o de 65,32%. Mesmo em Aracaju, onde a cesta é a mais barata entre os locais pesquisados (R$ 456,40), o conjunto de itens representa um gasto de 44,86% do salário mínimo.
Na passagem de julho para agosto, a cesta básica ficou mais cara em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Já nos 12 meses até agosto, o preço da cesta subiu mais de 10% em todas as capitais pesquisadas. A maior alta foi registrada em Brasília: na capital federal, o conjunto dos 17 itens que compõem a cesta subiu 34,13% em um ano.
Em outras sete capitais, a alta acumulada passa dos 20%: Campo Grande (25,78%), Porto Alegre (24,84%), Florianópolis (24,24%), Vitória (21,50%), Natal (21,11%), São Paulo (20,47%) e Belém (20,07%).
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil