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EM NOVA AMEAÇA, BOLSONARO DIZ QUE MANIFESTAÇÕES SERÃO ULTIMATO A MINISTROS DO STF 

Redação - 03/09/2021 13:00 - Atualizado 03/09/2021

O presidente Jair Bolsonaro destacou a importância das obras de infraestrutura na Bahia durante uma solenidade que formalizou o contrato em que o trecho de 537 km entre Ilhéus e Caetité da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol I) foi repassado à responsabilidade da Bahia Mineração (Bamin). “É muito bom voltar à Bahia e cada vez mais vê-la verde e amarela”, disse o presidente como saudação. “Formamos uma grande equipe. Não tem peixada no meu ministério. Tem pessoas competentes”, disse. “Dei para eles total liberdade e acredito na responsabilidade de cada um deles. Dessa maneira, a iniciativa privada, que é aquela que realmente leva o Brasil pra frente, veio atrás de nós”.

A cerimônia aconteceu em Tanhaçu e contou com a presença de autoridades como o ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, o ministro do Turismo Gilson Machado, o CEO da Bamin  Eduardo Ledsham além de convidados como o pastor Malafaia. No evento, Bolsonaro aproveitou para divulgar mais uma vez o ato a seu favor e anti-STF marcado para o feriado de 7 de setembro e voltou a falar da possibilidade de sair das “quatro linhas da Constituição”.

Segundo o presidente, o ato não será para “idolatrar um político”, mas sim mostrar a “grandiosidade” do Brasil e do brasileiro. “Não precisamos sair das quatro linhas da Constituição, ali temos tudo que precisamos. Mas se alguém quiser jogar fora dessas quatro linhas, vamos mostrar que podemos fazer também. Fazer valer a vontade e força do seu povo”. Os presentes responderam com gritos de “a nossa bandeira jamais será vermelha”. Quando Bolsonaro falou sobre o 7 de setembro, os gritos foram de “eu autorizo”.

“Ultimato”

O presidente seguiu falando sobre o protesto. “Após o 7 de setembro, o que ficará para todos, com essa demonstração gigante de patriotismo visto em todos os quatro cantos do Brasil, duvido que aqueles um ou dois que ousam nos desafiar, desafiar a Constituição, desrespeitar o povo brasileiro, saberá voltar para o seu lugar. Quem dá esse ultimato não sou eu, é o povo”, disse. Ele cumprimentou Silas Malafaia. “Meu irmão… O estado é laico, mas o presidente é cristão. Assim como você, acredita em Deus, defende a família e deve fidelidade ao seu povo. Vocês são a minha base. Dão o Norte, apontam para onde devemos ir”, afirmou.

Bolsonaro lembrou que indicou dois ministros ao STF – um deles, André Mendonça, ainda não teve a indicação avaliada pelo Senado – e lembrou que em 2023 haverá duas novas vagas na Corte. “Para tudo nessa vida é bom renovação. O Supremo começa a ser renovado também”, disse. Ele seguiu afirmando que suas críticas não são ao Poder Judiciário. “Nós não criticamos instituições ou poderes. Somos pontuais. Não podemos admitir que uma ou duas pessoas, usando do poder, queiram dar outro rumo ao país. Essas pessoas têm que entender o seu lugar. E o recado de vocês nas ruas será o ultimato para essas duas pessoas. Curvem-se à Constituição e respeitem a nossa liberdade, entendam que vocês dois estão no caminho errado”, disse.

Foto: divulgação

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