Uma casa que funcionava como ponto de prostituição e exploração de mulheres e adolescentes, no bairro do Itaigara, em Salvador, foi descoberta pela polícia. Lá, as mulheres eram negociadas por meio do sorteio e rifas, para posteriormente praticarem sexo com os “ganhadores”. A responsável, que não teve a identidade revelada, foi presa em flagrante. No local, foram apreendidos mais de R$ 32 mil, € 100 e U$ 277, em dinheiro, além de folhas de cheque. Maquinetas de cartão de crédito, cadernos com anotações sobre a prática delituosa e alguns documentos, que configuraram a exploração sexual das mulheres, também foram localizados no interior da casa.
A ação foi conduzida por equipes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), com apoio do Núcleo de Inteligência do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), que chegaram até o local para apurar uma denúncia acerca da exploração sexual infanto-juvenil. Conforme as investigações da Dercca, a rifa virtual oferecia além da garotas de programa, uma garrafa de uísque. O esquema era divulgado em um perfil da casa de prostituição, no Instagram.
Apesar de não encontrar crianças ou adolescentes na casa, a titular de Dercca, delegada Simone Moutinho, afirmou a importância de coibir a prática delituosa contra as mulheres. “Elas eram ‘coisificadas’ ao serem tratadas como objetos, negociadas em ‘rifa’ e niveladas a bebidas alcoólicas, além da própria exploração sexual. Encontramos seis garotas de programa no imóvel, que confessaram a atividade naquele local”, explicou. As investigações terão continuidade com o objetivo de apurar a possibilidade de exploração infanto-juvenil. A proprietária da casa foi autuada em flagrante por exploração sexual de mulheres, passou por exames de lesões e está à disposição do Poder Judiciário.
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