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SALVADOR RECEBE TÉCNICA INÉDITA PARA TRATAMENTO DE TUMOR BENIGNO DE PRÓSTATA

Redação - 31/08/2021 16:15

A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), também conhecida como próstata aumentada, é o tumor não canceroso mais frequente entre os homens. A doença atinge maisde 50% dos homens acima de 60 anos e até 90% dos pacientes com mais de 80 anos, podendo acometer, também, o público masculino com faixa etária menor. Salvador é a única cidade do Norte, Nordeste e Centro Oeste a contar com hospital equipado para uso de uma técnica cirúrgica praticada pelos maiores centros médicos no mundo, sendo considerada o padrão ouro para tratamento de próstata grande, a Holmium Laser Enucleation Prostate (HoLEP). Os primeiros procedimentos foram realizados este mês, em quatro pacientes, todos com idade acima de 60, com alta médica um dia depois.

“O aumento da próstata pode ser maior ou menor de acordo com a genética da pessoa, e acontece como um processo natural do envelhecimento, embora ocorra também em homens mais jovens. Para pacientes com aumento acima de 80 gramas, as diretrizes internacionais de urologia colocam a cirurgia com o HoLEP como a mais indicada. O laser atua na remoção do tecido do tumor prostático, desobstruindo o canal por onde passa a urina. É uma técnica minimamente invasiva, sem necessidade de cortes no abdômen e mínima chance de reincidência do crescimento do tecido, em relação às cirurgias convencionais. O paciente recebe alta já no dia seguinte”, explica o coordenador de urologia do Hospital Cárdio Pulmonar, Dr. Lucas Batista, que realizou a cirurgia ao lado da equipe médica do hospital.

Entre as complicações que o aumento de próstata traz para a saúde do homem ocorre a obstrução parcial ou total da uretra, canal por onde passa a urina, causando sintomas bastante incômodos, como dificuldade para urinar, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e necessidade de levantar diversas vezes para urinar durante à noite. “Em casos mais graves, a obstrução da uretra pode causar retenção total da urina e infecção, necessitando o uso de sonda. A bexiga pode perder capacidade de contração, o que causa a incontinência urinária”, alerta o urologista.

Cerca de 30% dos pacientes portadores de HPB necessitarão de um tratamento cirúrgico por não apresentarem resposta ao tratamento com medicamentos ou devido a complicações médicas decorrentes da obstrução do trato urinário. As cirurgias menos invasivas proporcionam melhores condições de uma rápida recuperação do paciente, uma vez que com o método convencional se torna mais agressivo, apresentando maior risco de complicações. “São mais complexas porque, como há necessidade de incisão abdominal e, consequentemente, uso prolongado de sonda no pós-operatório, pode, em alguns casos, ocorrer maior risco de sangramento intraoperatório e pós-operatório”, pondera o urologista.

O equipamento para a realização de cirurgias com uso do Holmium Laser (HoLEP) foi adquirido, esse ano, pelo Hospital Cárdio Pulmonar, que há 44 anos atua entre os mais bem equipados centros médicos da capital baiana, com atendimento de alta complexidade nas áreas de cardiologia, pneumologia, neurologia, ortopedia, urologia, oncologia, entre outras especialidades.

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