Dois grandes incêndios florestais no extremo Norte da Bahia, favorecidos pelo clima quente e seco, detinham na sexta-feira, 27, a atenção das equipes de combate no estado, mas o alerta se estende também para municípios da região oeste. Este ano o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou, até sexta, 3.905 focos de incêndios florestais no estado, com crescimento de 169% sobre o mesmo período de 2020.
As áreas com focos ativos fazem parte da região com clima semiárido, onde a seca está vigorando há meses. A pesquisa Mapbiomas indicou 83% dos casos de queimadas entre os meses de julho e outubro.
De acordo com o coordenador da Operação Incêndio Florestal Bahia 2021, major BM Márcio Jansen, é urgente que a população se conscientize sobre os perigos de colocar fogo na vegetação. “Mesmo assim 95% destes incêndios são resultado da ação humana”, lamentou.
Ele explicou que o fogo na caatinga provoca calor muito alto, pelas características da vegetação, e que a água jogada do alto apaga as chamas maiores. Neste momento as equipes entram com bombas costeiras e outros instrumentos usados para conter o avanço.
Pesquisa divulgada pelo programa Mapbiomas indicou que o estado teve uma área de 116.303 km² atingidos por queimadas entre 1985 e 2021, 65% dos casos em vegetação nativa e com muitos lugares atingidos diversas vezes no período.
Entre os 10 municípios que mais queimaram suas matas nativas nestes 36 anos, dois são baianos. Formosa do Rio Preto, em 4º lugar e, em 6º, São Desidério, ambos do extremo oeste.
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
