Na última semana, a cantora Beyoncé se tornou a primeira mulher negra a usar o diamante amarelo da joalheria americana Tiffany&Co e a quarta no mundo a tê-lo colocado no pescoço, posando ao lado de seu marido, o rapper Jay-Z. A campanha foi apontada como um importante acontecimento por personalidades negras de todo o mundo. A joia tem 128 quilates e é avaliada em 30 milhões de dólares, o equivalente a 160 milhões de reais aproximadamente.
No entanto, agora ela estaria irritada e desapontada por ter recebido críticas na internet e descoberto uma história de africanos que trabalhavam em condições precárias e em regimes análogos à escravidão relacionada a esta joia, segundo o jornal britânico The Sun. Além de todo o talento como cantora, ela também é conhecida pelo seu engajamento em causas sociais ao redor do mundo, o que inspira muitos dos seus fãs.
Segundo uma fonte do periódico britânico, ela estaria se sentindo enganada por não ter sido informada desta história, que fez a joia ser chamada de “Diamante de sangue”.
“Beyonce está ciente das críticas e está desapontada e com raiva por não ter sido informada de perguntas sobre sua história. Ela achou que todos os detalhes haviam sido examinados, mas agora ela percebeu que o diamante em si foi esquecido”, disse a fonte ao jornal.
Como parte do acordo com a cantora, a Tiffany prometeu doar 2 milhões de dólares, o equivalente a mais de 10 milhões de reais, a universidades para bolsas de estudos para alunos negros.
Este diamante teria sido escavado em 1877 na mina Beers ‘Kimberly, na África do Sul ainda colonial. A mineração teria sido feita por mão de obra negra que trabalhava em condições precárias e era mal paga, além dos mineradores serem forçados a trabalhar em alta velocidade, causando acidentes fatais muitas vezes. Ainda segundo a publicação, entre 1897 e 1899, 1.144 trabalhadores morreram vítimas de doenças provocadas por morarem em habitações sem água natural e saneamento básico.
O fundador da joalheria, Charles Tiffany, teria então comprado a joia em 1879.
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