Neste mês de agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 0,85% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Um crescimento em relação a julho – que havia sido de 0,74%.
Este também foi o maior índice registrado para um mês de agosto na RMS desde 2002, na época, foi registrado 1,11%. No entanto, ainda ficou levemente abaixo da média nacional para este mês, de 0,89%.
De acordo com a pesquisa, o índice de agosto na RMS foi o 7º mais elevado entre as 11 áreas pesquisadas pelo IBGE. As maiores variações ocorreram no município de Goiânia/GO (1,34%), na região metropolitana de Curitiba/PR (1,18%) e em Brasília/DF (1,05%).
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de julho e 13 de agosto. No acumulado de 2021, o IPCA-15 da Região Metropolitana de Salvador está em 5,74%. A média do Brasil é de 5,81%.
A pesquisa ainda revela que a elevação do IPCA-15 na região foi resultado de aumentos nos preços médios de sete dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. A principal pressão inflacionária na prévia do mês veio do grupo alimentação e bebidas (1,09%), puxada pela alimentação no domicílio (1,35%). Dentre os produtos que compõem o grupo, os aumentos mais impactantes no índice vieram do pão francês (3,53%), leite e derivados (1,69%) e do tomate (11,67%).
O segundo grupo com o aumento mais relevante para o IPCA-15 da RMS foi o de transportes (1,15%), com os preços do veículo próprio (1,14%), em especial do automóvel novo (2,36%), e dos combustíveis (1,10%) sendo os principais fatores para esse resultado. Gasolina (1,06%) e transporte por aplicativos (21,48%) foram os itens com aumentos mais impactantes no grupo.
O grupo habitação (1,05%) teve a terceira maior contribuição para a alta da prévia da inflação de agosto, na RMS, mas, dentro dele, está o item que individualmente mais colaborou para esse resultado: a energia elétrica residencial (2,98%). Os custos para morar aumentaram pelo sexto mês seguido, na RM de Salvador, com a energia tendo o seu quarto aumento consecutivo, mais uma vez sendo a principal pressão inflacionária na região.
O maior aumento na primeira quinzena de agosto, mas com peso levemente menor para o IPCA-15, foi o do grupo vestuário (1,84%), puxado pela alta das roupas femininas (2,39%).
Os dois únicos grupos que mostraram deflação na prévia de agosto, na RMS, foram saúde e cuidados pessoais (-0,16%), por influência dos planos de saúde (-0,52%), e comunicação (-0,17%).