As perdas do turismo recuaram pelo terceiro mês consecutivo e tendem a se reduzir à medida que o processo de vacinação se amplie, mas a recuperação do setor deve ocorrer de forma mais lenta. O volume de receitas dessas atividades ainda se encontra 22,8% abaixo do registrado em fevereiro de 2020. Em junho deste ano, o setor perdeu R$ 19 bilhões, acumulando, desde o início da crise sanitária, um total de R$ 395,6 bilhões, segundo levantamento da CNC.
“A expectativa para os próximos meses segue favorável, na medida em que o desconfinamento da população fique mais evidente e a recuperação econômica da segunda metade do ano comece a ser capturada pela pesquisa. Seja no segmento de serviços ou específico do turismo, essa pode se apresentar como a maior taxa de crescimento da série histórica”, aponta o economista da CNC responsável pela análise, Fabio Bentes. A entidade projeta avanço de 18,2% no volume de receitas do segmento do turismo para 2021, revisando para cima o percentual anterior, de 17,8%.
As baixas ainda sentidas pelo setor, porém, se fazem presentes também no mercado de trabalho. Nos 12 meses encerrados em junho, apenas o turismo segue como conjunto de atividades a registrar retração no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com -1,1%, ou saldo negativo de -30,9 mil ocupações. As atividades mais afetadas são de transporte rodoviário (-62,6 mil postos) e aéreo (-8,2 mil).
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