A proposta de construção da ciclovia com cerca de 320 km entre Salvador e Aracaju, projetada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, está causando polêmica.
O custo de oportunidade do projeto vem sendo questionado por analistas não só pelo alto valor do investimento, mas também pelo uso restrito que pode ter o equipamento. O custo estimado do projeto pode chegar a R$ 200 milhões, caso a opção seja construir a ciclovia à beira mar, cortando vilarejos do litoral norte da Bahia e sul de Sergipe. Esta opção, contudo, terá alto impacto ambiental, por passar por áreas de restinga, manguezais e regiões remanescentes de Mata Atlântica.
Outra opção seria construir uma ciclofaixa margeando a rodovia Linha Verde, com custo estimado em até R$ 50 milhões. A outra alternativa – e mais barata, com custos de até R$ 20 milhões – seria aproveitar instalar a ciclofaixa no acostamento da rodovia. Esta opção é considerada temerária pela insegurança que geraria aos ciclistas.
A iniciativa é do deputado federal Arthur Maia (DEM-BA), que já destinou R$ 1,3 milhão em emendas para iniciar os estudos sobre a ciclovia e são muitos os questionamentos quanto à aplicação pela Codesvaf de recursos tão elevados quando existem outros projetos muito mais importantes para a região do Vale do São Francisco. A presidência da Codevasf foi uma indicação do deputado Elmar Nascimento.
A Codevasf informou que vai realizar estudos de viabilidade da ciclo rota ecoturística com o objetivo de promover o desenvolvimento regional, do turismo, da mobilidade e de arranjos e cadeias produtivas locais. Também informou que a atuação do órgão não está restrita a regiões ribeirinhas. Com informações da Folha de São Paulo
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