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WAGNER: PROPOSTAS DA REFORMA ELEITORAL SÃO UM “RETROCESSO”

Redação - 12/08/2021 11:21 - Atualizado 12/08/2021

O senador Jaques Wagner (PT) afirmou na manhã de hoje (12) que a aprovação do texto-base da PEC da Reforma Eleitoral na Câmara dos Deputados “não mirou nem o futuro do Brasil e nem a democracia brasileira”. “[A votação] mirou o futuro imediato, agora em 2022, de cada um dos agentes políticos, no caso os deputados federais que, sem distritão ou coligação, se sentem ameaçados de não se reelegerem”, disse o petista, em entrevista ao UOL.

Para o senador baiano, ambas as propostas são consideradas um “retrocesso” e defendeu a implantação da federação partidária, em substituição às coligações partidárias para as eleições proporcionais.

“Entre o péssimo e o ruim, o pessoal escolheu ficar com o ruim. Faltou criatividade na Câmara. A Câmara perdeu uma oportunidade. Não tenho posição do meu partido ainda, mas pretendo introduzir no Senado o conceito de federação partidária, que já existe em muitos partidos e que poderia viabilizar essa preocupação de partidos que não conseguem montar as chapas sozinhas”, defendeu.

De acordo com Wagner, por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) o texto tem que ser aprovada por 3/5 na Câmara e no Senado, sem modificações, por isso, a proposta obriga um debate maior entre as duas Casas. “Vamos ser francos. Qual é o interesse dos parlamentares na coligação? Garantir sua eleição. Mas isso pode ser viabilizado na federação, só que daremos um passo adiante no sentido do compromisso programático de uma federação e não apenas a coligação que, no dia seguinte da eleição, tchau, cada um vai para seu canto”, explanou.

 

 

 

 

Foto: Jorge William / Agência O Globo

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