O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou em plenário que “não há como fazer acordo” nos termos pedidos pelos Estados para a reforma do Imposto de Renda, mas que tem certeza de que os estados não sairão prejudicados com a reforma.
“O momento de agora para frente não é mais de críticas nem de sugestões. É de barganhas corporativas, todo mundo querendo manter privilégio, e esse plenário soberanamente vai decidir na parcimônia”, afirmou, ao ouvir pedidos de deputados de oposição pelo adiamento.
O presidente da Câmara disse que sua origem é como um deputado municipalista e que “não teria a menor condição, pessoal nem moral”, de pautar o projeto em plenário se “não estivesse convencido e consciente de que os Estados e municípios não terão um centavo de perda de arrecadação”.
O líder da Câmara dos Deputados que a votação será feita logo após os destaques do primeiro turno da reforma eleitoral, ainda hije. “Na sequência será a tributária. O segundo turno [da reforma política] será votada se os senhores assim desejarem. Será decisão dos senhores”, disse.
A perspectiva no início da semana era de que o texto fosse a votação na quarta-feira, 11. No entanto, empresários, representantes do mercado financeiro, governadores e prefeitos fizeram uma articulação bem-sucedida barrar a votação. No lugar, Lira colocou em discussão a reforma eleitoral.