Mesmo com a retomada da economia, o setor industrial baiano ainda não conseguiu se recuperar pois, como a indústria baiana é muito concentrada em apenas alguns ramos, embora a maioria dos segmentos tenha voltado a crescer, ela continua registrando queda de produção, mesmo quando comparado com o primeiro semestre do ano passado quando a economia estava semi paralisada. No primeiro semestre de 2021, a indústria registrou uma queda de 15,0% na produção, em relação ao mesmo período anterior.
O fechamento da Ford teve um impacto bastante significativo, pois a produção de veículos caiu 93%, mas foi a queda de quase 40% na produção de derivados de petróleo que puxou o setor para baixo. A Refinaria Landulpho Alves reduziu o refino de óleos combustíveis, óleo diesel e naftas para petroquímica. Isso, aliado à queda de 11,9% na metalurgia e de 6% na celulose, derrubou os índices de produção da indústria no 1º semestre de 2021. Note-se que enquanto não se concretiza a venda da RLAM para o grupo Mubadala, a tendência de queda na produção está se amplia.
Quem impediu uma queda maior da Indústria foi a elevação de 20% na produção de produtos químicos e petroquímicos. Note-se que outros segmentos estão se recuperando como a produção de Couro, artigos para viagem e calçados, com elevação de 47%, de borracha e material plástico, com incremento de (27%). Os demais setores também cresceram: Extrativa mineral (11,2%), Produtos de minerais não metálicos (8,3%), Bebidas (7,5%), Alimentos (0,6%) e Equipamentos de informática e produtos eletrônicos (11,5%). As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais.