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GUEDES: NÃO TEM COMO PAGAR PRECATÓRIOS E INTERNET GRÁTIS

Redação - 12/08/2021 12:24

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (12) que o governo não tem como pagar internet gratuita para alunos e professores da rede pública, e também os precatórios, estimados em cerca de R$ 90 bilhões no ano de 2022, sem cometer crime de responsabilidade.

Ele participa de audiência pública na Comissão de Educação sobre lei que dispõe sobre acesso à internet, com fins educacionais, para alunos e a professores da educação básica pública.

Em julho, após o Congresso Nacional derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que obriga o governo a fornecer internet gratuita para alunos e professores, o governo ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que obriga o repasse de R$ 3,5 bilhões aos estados e municípios com essa finalidade.

“As razões [para o veto presidencial] foram técnico-jurídicas, nunca foi questão de mérito. Existem requisitos de lei orçamentária, não podemos cometer um crime de responsabilidade fiscal. Não é uma escolha pessoal. Fizeram um requisito de recursos de uma forma irregular, que eu não posso conceder”, disse o ministro da Economia.

Segundo ele, se o pedido tivesse sido feito com “fonte de recursos especificada”, o Ministério da Economia não teria recomendado o veto. Guedes também questionou porque os estados e municípios, e os parlamentares, não destinaram recursos para a internet grátis dos alunos e professores.

“Acho que isso mostra uma falha nossa de coordenação entre todos os poderes. Os estados e municípios receberam R$ 50 bilhões livres a partir de junho de 2020 [por conta da pandemia]. Por que o projeto de lei não estabeleceu o uso desses recursos?”, disse.

O ministro lembrou que os parlamentares também possuem emendas e perguntou porque esses valores também não foram direcionados para a internet grátis de alunos e professores. “Se a educação é tão importante, por que não colocou recursos lá? Porque estão sendo colocadas em outros lugares, em obras públicas, em sistemas de saúde. Mas educação é importante também, será que não caberia R$ 3 bilhões em educação”, questionou. (G1)

 

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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