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VENDAS DO VAREJO BAIANO CAEM 2,8% EM MAIO, MAS ACUMULAM ALTA NO ANO

Redação - 11/08/2021 11:09 - Atualizado 11/08/2021

As vendas do varejo na Bahia voltaram a cair 2,8% em junho, na comparação com o mês anterior, na série livre de influências sazonais. Foi o primeiro resultado negativo nessa comparação, depois de dois avanços seguidos (11,2% de março para abril e 3,5% de abril para maio), segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (11) pelo IBGE.

O resultado do comércio varejista baiano entre maio e junho ficou abaixo do verificado no Brasil como um todo (-1,7%) e foi o 5º pior entre as 27 unidades da Federação.

Apesar da retração de maio para junho, o volume de vendas do comércio varejista na Bahia se manteve 1,7% acima do patamar verificado no pré-pandemia, em fevereiro de 2020.

O desempenho do varejo baiano seguiu positivo na comparação de junho/21 com junho/20, com avanço de 16,4%.  Foi o quarto maior crescimento para o estado, nessa comparação, em toda a série histórica da PMC, iniciada em 2001 para o indicador interanual. O resultado veio, porém, em cima de uma queda importante verificada em junho de 2020, frente ao mesmo mês de 2019 (-12,5%).

Com o desempenho do mês, o varejo baiano acumula alta de 10,6% nas vendas, no primeiro semestre de 2021, frente ao mesmo período do ano anterior. Foi o maior crescimento de vendas no estado, para um primeiro semestre, em 11 anos – desde 2010, quando a taxa havia sido de 11,6%. O resultado na Bahia ficou ainda acima do nacional (6,7%)

O desempenho das vendas do varejo na Bahia também se manteve positivo no acumulado nos 12 meses encerrados em junho (frente aos 12 meses anteriores), com alta de 5,7% (frente a 3,5% até maio).

Segmentos

Em junho, na Bahia, o cenário do comércio varejista se mostrou muito parecido com os registrados em abril e maio. Pelo terceiro mês consecutivo, 7 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2020.

A taxa mais positiva veio mais uma vez do segmento de tecidos, vestuário e calçados (287,5%), que teve o segundo maior crescimento de toda a série histórica (iniciada em 2001), superando com folga a queda que havia sido registrada em junho de 2020, frente ao mesmo mês de 2019 (-79,4%).

Com esse terceiro forte avanço, a atividade sustentou crescimento das vendas no acumulado no primeiro semestre de 2021 (43,1%), frente ao mesmo período do ano passado, e mostrou, pela primeira vez desde abril de 2020, aumento das vendas no acumulado em 12 meses (4,7%).

Com a segunda maior alta, as vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico (50,1%) tiveram também a segunda principal contribuição para o bom resultado geral do varejo baiano em junho.

A atividade, que concentra as vendas dos grandes varejistas on-line, apresentou seu quarto crescimento consecutivo e também tem resultados positivos tanto no primeiro semestre (37,4%) quanto nos 12 meses encerrados em junho (18,2%).

Assim como vem ocorrendo desde abril, o único resultado negativo do varejo restrito baiano em junho 21/junho 20 veio dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-9,1%).

Segmento de maior peso na estrutura do comércio na Bahia, ele mostrou o oitavo resultado negativo consecutivo (recua desde novembro de 2020) e acumula perda de -9,3% no primeiro semestre de 2021, segundo pior resultado entre as atividades, à frente apenas de livros, jornais, revistas e papelaria (-31,3%). Os dois segmentos são os únicos que recuam no primeiro semestre, na Bahia.

Foto: Reprodução/ acrítica.com

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