A medida oficial da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,75% em julho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), informou nesta terça-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). No mês, cinco dos nove grupos que compõem o índice subiram.
Com o maior aumento, o grupo habitação (2,44%) exerceu a principal pressão inflacionária no mês. Foi puxado, sobretudo, pela alta da energia elétrica (6,13%), que teve importante aceleração frente a junho (quando havia aumentado 2,49%) e foi a principal pressão inflacionária individual, sob influência do reajuste de 52% no valor adicional da bandeira tarifária vermelha patamar 2. Com a quarta alta consecutiva, no ano de 2021 a energia já aumenta 10,14%, na RM Salvador.
Além da energia, o gás de botijão (3,96%) também viu seu preço médio aumentar mais em julho do que em junho (2,41%), na RMS, e foi uma pressão importante na inflação do mês. Com três aumentos mensais consecutivos, um maior que o outro, o gás acumula alta de 20,93% de janeiro a julho de 2021.
O segundo maior aumento em julho, na RM Salvador, veio do grupo transportes (1,69%), que também exerceu a segunda principal contribuição para a inflação no mês. As passagens aéreas (21,83%) foram a principal pressão individual no grupo, com o segundo maior aumento dentre as centenas de produtos e serviços pesquisados para formar o IPCA.
A segunda principal influência de alta nos transportes veio da gasolina, item que tem o maior peso na formação do índice de inflação e seguiu aumentando (0,94%), ainda que muito menos que nos meses anteriores. A terceira principal pressão inflacionária no grupo transportes veio do transporte por aplicativo, que teve, em julho, o maior aumento dentre os produtos e serviços do IPCA (23,69%).
Apesar de terem desacelerado em relação a junho, os preços dos alimentos também seguiram em alta (0,62%) e pressionando o custo de vida na RM Salvador, em julho. Continuam puxados pela alimentação em casa (0,67%), com destaque para as altas do pão francês (6,71%) e de itens como tomate (13,43%) e açúcar cristal (6,88%).
Por outro lado, vestuário (-0,74%), artigos de residência (-0,60%) e saúde e cuidados pessoais (-0,16%) foram os grupos que mais contribuíram para a desaceleração da inflação da RM Salvador em julho. Sob efeito do primeiro reajuste negativo autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) desde a sua criação, os planos de saúde (-1,31%) foram, individualmente, a principal força de contenção da alta do IPCA no mês.
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