As montadoras do país registraram quedas de produção e vendas em julho ante junho e terminaram o mês passado com o menor volume de veículos prontos em estoque em mais de duas décadas, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (06) pela associação que representa as fábricas no país, Anfavea.
A produção recuou 2% no mês passado ante junho, para 163,6 mil unidades, enquanto na comparação anual, o volume produzido mostrou uma queda de 4,2%. Já as vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus tiveram baixa de 3,8% no comparativo mensal e ligeiro incremento de 0,6% na relação anual, para 175,5 mil unidades, segundo a entidade. O volume de veículos exportados em julho somou 23,8 mil unidades, um tombo de 29% ante junho e redução de 18,4% frente ao mesmo mês de 2020.
Segundo informações da Reuters, o setor fechou o mês passado com o menor nível de estoques desde que as medições começaram em 1999, a 85,1 mil veículos novos, suficiente para 15 dias de vendas. No início da pandemia, o volume disponível em pátios de montadoras e concessionárias somou 267 mil unidades, segundo dados da Anfavea.
O presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, afirmou em entrevista a jornalistas que a crise na oferta de semicondutores persiste e afirmou que o problema foi responsável por uma perda de produção no primeiro semestre de 100 mil a 120 mil veículos.
De janeiro ao fim de julho, o setor produziu 1,31 milhão de veículos, salto de 45,8% sobre um ano antes, cuja base de comparação é prejudicada por causa da paralisação de fábricas durante os primeiros meses da pandemia no país. O acumulado de vendas na mesma comparação mostra alta de 27%, a 1,25 milhão de unidades.
Foto: Renato Araújo/ Agência Brasil