Mais de 400 mil baianos não buscaram receber a segunda dose contra a Covid-19 dentro do prazo estabelecido, conforme informações da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) divulgadas nesta quarta-feira, 4, o que leva ao comprometimento da imunização. O tempo entre as doses é recomendado pelo Programa Nacional de Imunização, para que a pessoa obtenha uma melhor resposta imune para a doença.
“É fundamental que as as pessoas recebam a segunda dose no prazo por causa da eficácia. A resposta da imunização é melhor quando a gente tem a conclusão do esquema vacinal”, explica a coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde do Estado, Vânia Vanden Broucke.
Estão disponíveis 319 mil doses da marca AstraZeneca e 86 mil da Coronavac, que continuam aguardando as pessoas que já receberam a primeira dose e estão aptas para a segunda dose. No caso da Coronavac do Butantan, o intervalo entre a primeira e a segunda dose é de 28 dias. Já em relação às vacinas AstraZeneca e Pfizer, o intervalo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de 84 dias, ou seja, 12 semana.
De acordo com a coordenadora, embora o ideal seja que a pessoa receba a segunda dose no mesmo município no qual tomou a primeira, em caso de justificativa, a segunda dose pode e deve ser tomada em qualquer um dos municípios. “Se a pessoa se mudou, está em tratamento ou trabalhando em outra cidade, ela não vai precisar retornar ao município onde tomou a primeira dose para receber a segunda”, explica.
“Com o atraso na aplicação das segundas doses, nós orientamos que sejam utilizadas sempre as unidades mais próximas do prazo de vencimento, fazendo a permuta dos lotes, bastando-se respeitar aí a reserva dos lotes para as segundas doses de acordo com as primeiras aplicadas”, pontua Vânia Vanden.
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