A produção industrial brasileira mostrou variação nula (0,0%) em junho, na comparação com maio, na série com ajuste sazonal, após avançar 1,4% em maio último, quando interrompeu três meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 4,7%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Na comparação com junho de 2020, a indústria nacional avançou 12% em junho deste ano, 10º taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. A indústria acumula alta de 22,6% no segundo trimestre de 2021 e de 12,9% no primeiro semestre. O acumulado em doze meses, ao avançar 6,6% em junho de 2021, intensificou o crescimento observado em abril último, de 4,9%, e permaneceu com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em agosto de 2020, (-5,7%).
Na variação nula em junho, três das quatro das grandes categorias econômicas e a maior parte (14) dos 26 ramos pesquisados mostraram queda na produção. Entre as influências negativas mais importantes vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,8%), que voltou a recuar após crescer nos meses de abril (1,6%) e maio (0,3%); celulose, papel e produtos de papel (-5,3%), com o terceiro mês seguido de queda e acumulando nesse período perda de 8,4%; e produtos alimentícios (-1,3%), eliminando parte do avanço de 2,9% registrado em maio.
Por outro lado, entre as onze atividades que apontaram crescimento na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,1%) exerceu o principal impacto positivo nesse mês, intensificando a expansão de 2,7% observada em maio último. Vale citar também os avanços nos ramos de máquinas e equipamentos (2,9%), de outros equipamentos de transporte (11,0%), de couro, artigos para viagem e calçados (6,0%) e de impressão e reprodução de gravações (12,3%).
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não duráveis (-1,3%) assinalou a taxa negativa mais acentuada em junho de 2021, eliminando parte do avanço de 3,6% registrado em maio, quando interrompeu três meses seguidos de queda, período em que acumulou redução de 11,5%. Outros resultados negativos vieram dos segmentos de bens de consumo duráveis (-0,6%), a sétima queda seguida e acumulando nesse período perda de 16,7%; e de bens intermediários (-0,6%), recuando 2,3% em três meses consecutivos de queda.
Foto: José Paulo Lacerda