O senador licenciado Ciro Nogueira, recém-nomeado para a Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, empregou durante os anos 1990 e 2000 em seu gabinete na Câmara dos Deputados sua mãe, seu pai e mais quatro irmãos, informou o jornal Folha de S.Paulo.
Segundo a publicação, durante o mandato na Câmara Nogueira usou o gabinete oficial e também estruturas que comandou dentro da Casa legislativa para empregar familiares. Uma das empregadas no gabinete de Ciro foi a sua mãe, Eliane Nogueira (PP-PI), que assumiu como suplente a cadeira do filho no Senado. Ainda de acordo com a publicação, Eliane também trabalhou no gabinete do marido, entre os anos 1990 e 2000.
A senadora afirmou que a prática de nepotismo não era crime em tempos passados e não houve vantagens indevidas. “Há 30 anos, trabalhar ao lado de familiares na administração pública não era ilegal e ocorria por questões de confiança. Seria imoral somente se houvesse vantagem indevida, o que não era o caso. Entretanto, a sociedade avança e as leis se modernizam”, afirmou por meio de sua assessoria de imprensa.
Nepotismo não era considerado uma prática ilegal nos anos 1990 e início dos 2000. No entanto, denúncias de uso de cargos públicos para empregar familiares resultou na proibição da prática.
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado