O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou quarta queda mensal seguida neste mês. O indicador apurado pela Federação do Comércio da Bahia (Fecomércio-BA) passou dos 75,7 pontos em junho para os atuais 75,3 pontos. Na comparação com igual período de 2020 o ICF sobe 23,9%, em cenário com baixa base comparativa devido à quarentena da pandemia do novo coronavírus no mesmo mês do ano passado. Por estar abaixo dos 100 pontos, numa escala de 0 a 200 pontos, esses números revelam que as famílias de Salvador estão insatisfeitas com as suas condições econômicas em geral. Para o consultor econômico da entidade, Guilherme Dietze, a preocupação com o emprego é um dos principais fatores para esta insatisfação.
“Mas o dado de julho mostra que a maior queda foi do item Perspectiva Profissional, de 11,5% e atinge os 73,1 pontos. Esse é o menor patamar desde setembro do ano passado. São 60% das famílias que acham que não terão melhoria profissional nos próximos 6 meses para o responsável pelo domicílio”, pontua Dietze. O economista ressalta que, de forma geral, as incertezas da economia – como a inflação alta – impactam na intenção de consumo. “O consumidor tem buscado mais crédito e ficado mais endividado, como aponta a Fecomércio-BA. Por isso, o medo de perder o emprego e não ter condições de quitar os compromissos feitos”.
Foto: Reprodução Fecomércio-BA
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