De acordo com pesquisa realizada pelo Serasa Experian, as vendas do comércio para o Dia dos Pais, comemorado no Brasil, no próximo domingo, 8 de agosto, prometem aquecer o comércio, neste segundo semestre. Para o segmento baiano, esta é considerada a 5ª data em movimentação financeira do setor. Com cautela, porém, a previsão é de que as vendas aumentem apenas 2% em relação ao ano de 2019, na pré-pandemia, porque em relação ao passado devido aos protocolos e cuidados com o coronavírus ninguém quer fazer comparação. Mas devido a alta inflação, especialistas comentam que a tendência é a procura por presentes mais úteis e de valores promocionais como vestuário e calçados.
“Ano passado não vendemos praticamente nada, seria impossível uma comparação. As lojas ficaram fechadas durante quatro meses e começaram a reabrir com horários e muitos protocolos, as pessoas tinham medo de sair. Mas, em relação a 2019, estimamos que o aumento nas vendas seja de 2%. A expectativa é grande tanto para lojas de rua como para as de centro comerciais”, comenta o presidente do Sindicato dos lojistas da Bahia (Sindilojas-BA), Paulo Motta .
O coordenador regional da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce-BA), Edson Piaggio também está cauteloso em relação ao assunto e diz que diante da pandemia em primeiro lugar está a intenção de salvar a vida dos comerciantes, funcionários e terceirizados. “Além de preservar a saúde de quem roda pelo shopping e dos funcionários e colaboradores em geral, assim como dos próprios comerciantes, estamos neste momento querendo salvar os empregos. Essas são nossas preocupações, mas em relação ao ano de 2019 nossa expectativa de vendas em 2021 fica entre -5% até +5%”, afirma Piaggio, que salienta ainda o fato de que os shopping centers estão abrindo às 10 horas, no caso perdendo 1 hora de vendas de segunda a sexta-feira.
“Conforme a conjuntura, o cenário para o consumidor neste momento ainda não é bom. Estamos vendo uma inflação muito alta para que tem o hábito de consumo. Setores como alimentação, energia elétrica e gás subiram muito.Isso impacta o poder aquisitivo das famílias com rendas mais baixas. A tendência é que gastos com combustíveis e luz reduzam o poder de compra destas pessoas. Então esperamos um dia dos pais mais minguado para 2021. Não apenas pela conjuntura, mas pela inflação mais elevada”, destaca o economista e consultor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio –BA), Guilherme Dietze.
Segundo o Serasa, as vendas do Dia dos Pais em 2019 superaram as de 2018 em 0,8%. No ano seguinte, 2020, na mesma data, as empresas investiram em diversas ações para atrair o consumidor. Para este ano, as expectativas são realmente positivas. Para Bruna Duarte, 17, estudante, o negócio é mesmo investir em algo útil como vestuário, pois na pior das hipóteses o pai vai até a loja e troca por outro produto. “Ano passado eu mesmo fiz o presente com um bolo numa caneca, umas frases, balão. Tudo material que tinha em casa. Estávamos evitando sair. Esse ano vou dar uma voltinha e procurar um horário mais vazio para efetuar a compra, mas vou pelo vestuário, uma camisa, porque sei a loja que ele gosta e se ficar pequeno ou grande ele mesmo volta e troca.”
Foto: divulgação
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