O consumidor brasileiro não costuma pesquisar na hora de comprar medicamentos. É o que aponta a Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil – Edição 2021. Segundo o levantamento, 88,4% dos entrevistados afirmaram que não costumam buscar os preços de medicamentos em outras farmácias antes da compra.
O estudo foi realizado pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC), em parceria com a Unicamp, com 4 mil consumidores de todo o Brasil. Além disso, os dados mostram que dos entrevistados apenas 2,9% afirmaram que pesquisam independentemente da forma e 8,7% não pesquisaram no dia em que foram questionados.
Em um primeiro momento esse dado parece conflitar com outro da mesma pesquisa, que mostra que 75,4% dos entrevistados levaram como fator primordial para escolha da farmácia o preço. “Pode parecer contraditório, mas não é, existem vários fatores que levam a percepção de que uma loja tem os preços mais baratos, a pesquisa é apenas um deles. Além disso, diante das opções de marcas e preços existentes nas farmácias os consumidores podem pesquisar dentro do estabelecimento que já escolheu previamente”, explica o presidente da Febrafar Edison Tamascia.
A pesquisa analisou quais o comportamento e os tipos de medicamentos que são adquiridos pelos consumidores e apontou que, entre os entrevistados, o gasto médio de compra foi de R﹩ 54,01. Segundo as respostas dos consumidores, 62,6% compraram pelo menos um genérico dentre os produtos adquiridos, desses 25% compraram apenas genéricos.
Já em relação aos produtos de marcas, ele fez parte das compras de 63,9% dos consumidores e 24,4% compraram apenas esses produtos. Já os não medicamentos participaram de 23,4% das cestas de compras e apenas 4,6% compraram apenas essa categoria. Observa-se nesse ponto um aspecto interessante desse mercado, que é a consolidação dos genéricos, porém ainda se tem uma força contínua dos medicamentos de marca.
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