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RUI DIZ QUE CONSORCIO NORDESTE VAI PEDIR REUNIÃO COM QUEIROGA PARA FALAR SOBRE SPUTINIK V

Redação - 22/07/2021 11:00 - Atualizado 22/07/2021
Foto: Jonne Roriz/VEJA

O governador do Piauí, e presidente do Consórcio do Nordeste, Wellington Dias (PT), vai solicitar nesta quinta-feira (22) uma audiência com o ministro da Saúde, Marcelo Quiroga, para tratar sobre a inclusão ou não da Sputnik V, vacina russa contra a covid-19, no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra o novo coronavírus. A informação foi compartilhada pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT) nesta manhã à repórteres, durante entrega 37 ônibus escolares para municípios localizados em 12 territórios de identidade do estado.

Na última quarta-feira (21), Queiroga sinalizou que o contrato da pasta para compra de 10 milhões de doses do imunizante desenvolvido pelo Instituto Gamaleya deve ser rescindido – assim como ocorrerá com a indiana Covaxin. “O ministro gravou um vídeo ontem praticamente descartando qualquer tipo de apoio ou incorporação da vacina no PNI. Como isso foi em uma entrevista, formalizamos um documento ao ministério e estamos solicitando no dia de hoje uma reunião, com o ministro e os governadores do Nordeste, para saber qual a opinião oficial do ministro, se ele quer ou não vacinas para o Brasil”, anunciou.

Rui também acrescentou que dezenas de países estão interessados na Sputnik V, e disse que ao menos 60 milhões de doses do imunizante russo já foram aplicadas. Em junho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou os pedidos de autorização excepcional e temporária para a importação da Sputnik V. O imunizante só poderá ser aplicado em indivíduos adultos sem comorbidades, que serão acompanhados periodicamente. Nesse contexto, a Anvisa tem de receber relatórios sobre a avaliação dos benefícios e riscos da vacina.

Na última terça-feira (20), a farmacêutica União Química anunciou que pretende pedir o registro definitivo da vacina russa em 30 dias.  No Brasil, a farmacêutica já finalizou um lote inicial com 100 mil doses, com qualidade atestada pela Rússia, usando o insumo farmacêutico ativo (IFA) produzido em uma fábrica no Distrito Federal. O processo de transferência de tecnologia começou no último trimestre de 2020 e terminou em abril deste ano. “A Anvisa autorizou o laboratório, a União Química, a produzir a vacina. Estamos produzindo a Sputnik V no Brasil. A Anvisa autorizou a exportação. A vacina é boa para exportar e vacinar outras pessoas no mundo inteiro, mas não é boa para aplicar no Brasil? Não consigo entender”, defendeu.

Foto: divulgação

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