A Procuradoria Geral da Bahia (PGE-BA) avalia eventuais medidas judiciais que possam ser adotadas contra os critérios usados pelo Ministério da Saúde para a distribuição de doses da vacina contra a Covid-19 ao Estado. A informação foi compartilhada pelo governador Rui Costa (PT) na manhã desta quarta-feira (21).
O chefe do Executivo, que já havia tecido críticas quanto ao método da pasta, pelo qual as unidades da federação que mais vacinaram contra a gripe tiveram vantagem na quantidade de doses obtidas contra a doença provocada pelo Sars-Cov-2, queixou-se também dos novos parâmetros anunciados pelo governo.
“Com essa nova decisão aí que o déficit vai aumentar ainda mais. Eu enviei essa notícia que eu peguei ontem a noite para o procurador-geral do estado e vamos discutir no Consórcio Nordeste o que que a gente faz, mas independente disso eu pedi ao procurador que avalie inclusive eventuais medidas judiciais que a gente possa tomar pra dar um basta a essa perseguição”, afirmou nesta quarta-feira (21).
Rui avaliou que tem ocorrido uma perseguição sistemática à Bahia, a partir de uma redução sistemática do volume de vacinas distribuídas – algo que ele diz que não aceitará “passivamente”. O petista voltou a afirmar que, se apenas o critério populacional fosse levado em consideração, a Bahia teria recebido setecentos e cinquenta mil vacinas a mais.
O impasse sobre a distribuição das vacinas acontece no contexto do surgimento de mais casos da variante Delta. O Brasil havia identificado até a noite da última segunda-feira (19) 110 casos da variante mais transmissível. “O governador está em alerta pra avaliar a Delta? Olha sim, é óbvio que todo mundo tá atento”, admitiu Rui.
Detectada em pelo menos 111 países, segundo o mais recente boletim epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Delta tem ocasionado o aumento de infecções pelo novo coronavírus – bem como o índice de internações – em nações com o processo de imunização de sua população mais adianto em relação ao verificado no Brasil.
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