Convidado do ‘Conversa com Bial’ na madrugada desta terça-feira (20), Boris Casoy entrou para a lista de assuntos mais comentados nas redes sociais por suas declarações polêmicas.
Durante a entrevista, o veterano de 80 anos fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e culpou o militar pelo negacionismo coletivo e pelo atraso da chegada das vacinas no país.
“Apareceu essa bobagem (negacionismo), essa besteira muito estimulada pelo presidente da República. Eu não perdoo Bolsonaro, ele pode ter as virtudes que tiver, mas isso anula as virtudes. Se houvesse vacina, eu e minha irmã gêmea não teríamos sido vítimas da poliomielite. Cada criança salva é um cidadão lá na frente”.
A crítica, no entanto, foi ofuscada pelo trecho em que o ex-âncora da Band explicou o motivo que o fez defender o golpe militar de 1964.
“Minha mãe já estava muito doente, ela acabou falecendo em agosto de 64, mas ela dizia que parecia a Rússia, olha esse movimento, esse comício. Essa era uma influência sentimental. Agora o que me levou a apoiar 64, eu tinha 23 anos, estava começando a faculdade, era uma profunda convicção democrática. Eu tinha pânico do comunismo”.
Boris, que declarou ter sentido pânico do Brasil se tornar Cuba, disse que para ele o golpe era uma limpeza.
“O golpe se dizia, a gente chamava de revolução, contra a corrupção e a favor da democracia. Essas duas coisas foram sendo devagarzinho abandonadas, havia uma promessa de realização de eleições, apareceram os candidatos e as coisas foram se complicando, a gente ficou sabendo da tortura. Você passa a não concordar com uma série de fatores que foram levados a efeito por esse golpe e ficou mais de 20 anos. Não era isso que a gente imaginava”.
foto: Tv Globo
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