A etapa de recebimento de propostas não vinculantes para a venda da Braskem foi concluída e o processo, liderado pelo Morgan Stanley, entra agora na fase de seleção das ofertas que seguirão no páreo. Grandes nomes da petroquímica mundial, como a chinesa Sinopec, e outras não mostraram interesse em comprar a Braskem. A disputa atraiu apenas fundos de private equity e algumas indústrias químicas.
Na primeira etapa da fase vinculante houve propostas pelo todo — ações que representam 50,1% do capital votante da Braskem, ou 38,3% do capital total, detidas pela Novonor – e manifestações de interesse em operações específicas da companhia, em particular nos Estados Unidos e na Europa. A operação brasileira, sozinha, não se mostrou tão atraente, como se esperava.
Em função disso, embora a Novonor ( antiga Odebrecht), controladora da empresa, prefira vender suas ações na Braskem na totalidade da fatia de 38,3% que detém na petroquímica e em uma única transação, há a possibilidade de desmembramento da empresa. Assim, a Braskem avalia desmembrar a empresa em blocos de ativos por região para concretizar sua venda se esse modelo resultar em retorno mais elevado aos vendedores.
A Novonor não comenta o assunto, mas, segundo fontes ouvidas pelo jornal Valor Econômico adotou posição mais flexível e está aberta a analisar as propostas por blocos de ativos, “a depender das possibilidades” colocadas na mesa. “O foco é maximizar valor”, afirmou uma fonte.
No caso das operações no Brasil, a cisão dos ativos locais para venda é considerada complexa, inclusive do ponto de vista industrial e de logística, e não há intenção de fatiamento. Com informações do Valor Econômico.