A viúva de Adriano da Nóbrega, Julia Mello Lotufo, disse a promotores do Rio de Janeiro quem teria sido o mandante da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson. A delação seria premiada. Adriano foi morto pela polícia da Bahia no ano passado, durante operação em Esplanada.
Segundo a revista Veja, Julia diz que Adriano não teve participação na morte da vereadora e foi cobrar satisfação de comparsas no Rio das Pedras, preocupado com a possibilidade da grande investigação que se seguiria atrapalhar o crime na região, onde atuava.
Ela conta que integrantes da milícia da comunidade de Gardência Azul chegaram a procurar Adriano para discutir a possibilidade de matar Marielle, afirmando que a atuação dela prejudicava os “negócios”. Adriano considerou a ideia absurda e arriscada. Um dos chefes da milícia é o ex-vereador Cristiano Girão, diz a publicação. A Polícia Civil já fez operação de busca e apreensão em endereços do ex-político.
Família de Marielle rebate:
As famílias da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados no início de 2018, contestam a versão da viúva, segundo o colunista Ancelmo Gois, do Globo . De acordo com a família, Marielle Franco não tinha atuação política na região da Gardênia Azul.
Ainda que Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz tenham sido presos pela execução das duas vítimas, o verdadeiro mandante e a motivação dos assassinatos seguem desconhecidos há três anos e quatro meses.