Na manhã desta sexta-feira, 16, a APLB-Sindicato reuniu a categoria em reunião ampliada e deliberou sobre o não retorno às aulas presenciais no próximo dia 26, conforme determinado pelo governador do estado. Na votação 95.6% dos trabalhadores em Educação decidiram pelo retorno apenas após a imunização completa da categoria. A pesquisa realizada pela entidade ouviu, até esta sexta, quase 17 mil profissionais em Educação.
O coordenador-geral da APLB, Rui Oliveira, também comentou a ameaça do corte de salários, caso os profissionais não apareçam nas salas de aula “É inadmissível o corte de salários. Uma clara tentativa de desqualificar todo este trabalho remoto que está sendo feito”, disse.
Participou também da Reunião Ampliada, como convidada, a Drª Gisélia Souza, doutora em Saúde Pública pela UFBA e integrante do Comitê Baiano Vacina no SUS Já. Gisélia destacou que uma flexibilização num momento de risco no qual estamos vivendo traz consequências muito sérias. Também pontuou o atraso e lentidão no processo de vacinação. “Como a vacinação está muito lenta, a circulação do vírus pode favorecer uma mutação muito rápida. Já temos no Brasil detectada a variante Delta. A velocidade de transmissibilidade da Delta chega a ser de 60% mais rápida que a Gama ou outras variantes. É preciso acelerar o processo de vacinação e não flexibilizar tanto. O retorno das aulas presenciais pode trazer sérios riscos para a população. Acho imprudente e incentivo o diálogo”, alertou.
Estiveram presentes na reunião em apoio à luta da APLB diretores regionais e representantes da CTB, UNEB, APUB e do movimento estudantil. A Reunião Ampliada foi transmitida ao vivo pelas redes sociais da entidade e reuniu mais de 6 mil participantes