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REI DO VINHO DESERDA SUAS 3 FILHAS ANTES DE MORRER E DEIXA A FORTUNA PARA A CAÇULA

Redação - 15/07/2021 17:30 - Atualizado 15/07/2021

Alejandro Fernández, conhecido como rei do vinho, entrou para a história do vinho quando nos anos 1970 colocou a Ribera del Duero como uma das melhores regiões vinícolas do mundo. Ele fundou a vinícola Pesquera, começando a produzir vinhos de alta concentração, complexos e não filtrados. E assim virou o magnata dos vinhos espanhóis.

Mas  na última semana uma notícia que já se cogitava se concretizou. Antes morrer  Alejandro Fernández deserdou suas filhas e destinou toda sua fortuna  a filha caçula Eva.

O milionário faleceu em 21 de maio deste ano, aos 88 anos, deixando para trás uma fortuna estimada em 150 milhões de euros e apenas cinco dias antes de morrer, pediu para alterar seu testamento e excluiu totalmente da herança as suas 3 filhas mais velhas: Olga, Lucía e Mari Cruz. Com a decisão, Eva, filha caçula do empresário, herdou toda a fortuna do pai.

A decisão de Fernández de excluir as 3 filhas do testamento se deu depois que elas e a ex-mulher se juntaram para afastar o pai do comando da Bodegas Pesquera. Em 2018, o milionário se divorciou de Esperanza Rivera, com a qual estava casado desde a década de 1970, quando começou o seu império dos vinhos. A separação dividiu a família ao meio. Do lado da mãe, se colocaram Olga, Lucía e Mari Cruz. Do lado do pai, Eva.

Com as partilhas do divórcio, Fernández, na foto com a filha Olga que foi deserdada, levou com 49,72% da empresa, mesma porcentagem que ficou como sua ex-esposa, Esperanza. Além de pai e mãe, cada uma das 4 filhas embolsou 0,28% dos papéis da companhia.

Logo após a separação, Olga, Lucía e Mari Cruz somaram suas ações às de Esperanza e obtiveram 50,56% das ações da Bodegas Pesquera. Com isso, as filhas do milionário não só assumiram o controle da marca do pai como também afastaram Fernández do negócio que ele mesmo criou.

O empresário recorreu aos tribunais espanhóis para voltar a atuar na Bodegas Pesquera, mas nunca perdoou as 3 filhas. Em segredo, dias antes de morrer Fernández escolheu a filha que ficou do seu lado na disputa legal como a única herdeira de sua parcela na empresa. Eva chegou a levar o pai para ser avaliado por psicólogos antes de ele assinar o testamento.

Para não sobrarem dúvidas de que as 3 filhas não seriam beneficiadas pela herança, já que de acordo legislação espanhola, os descendentes têm o direito de receber uma porcentagem mínima inegociável, Fernández colocou essa quantia correspondente ao “legítimo direito” em nome de seus netos, os filhos das deserdadas. Com isso, estima-se que sua filha caçula Eva tenha ficado com 75% da fortuna do pai, enquanto todos os netos do enólogo tenham embolsado 25% da fortuna para dividir. (Exame)

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