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ARMANDO AVENA – OS INVESTIMENTO E A ALTA NA TAXA DE JUROS

Redação - 10/07/2021 17:04 - Atualizado 10/07/2021

Qual o melhor investimento nesses tempos de taxa de juros em alta? Bom, duas forças regem aqueles que tem algum dinheiro para aplicar: segurança e rentabilidade. As aplicações que oferecem maior segurança são a poupança e as aplicações de renda fixa, mas a taxa  Selic a 4,25% ao ano ainda não é suficiente para viabilizar rendimento acima da inflação, que nos últimos 12 meses está em 8%, e deve fechar o ano  próxima a 6%. Assim, colocar recursos nessas aplicações vai reduzir o poder de compra do dinheiro aplicado, pois a taxa de juros real no Brasil continua negativa.

Mas quem tem dinheiro na poupança antiga ainda recebe a correção de 6,2% e compensa a inflação e quem tem grandes somas de dinheiro para aplicar encontra rentabilidade maior. A medida que a taxa Selic for aumentando, a rentabilidade se eleva. Existe a opção dos títulos do Tesouro Direto, investimento seguro, que pode ser feitos através do site do governo e que  garante  100% do rendimento da Selic.

Num prazo mais longo é mais recomendável aplicar em Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado, mas aí o horizonte de regaste será acima de cinco anos. O investidor pode tirar seu dinheiro a qualquer momento, mas para receber exatamente o valor que contratou terá de esperar a data do vencimento. Investimentos de renda fixa, tipo CDB, LCI, LCA, começam a ter rentabilidade maior se forem pós-fixados, pois a tendência é de aumento da taxa Selic.

Chegamos então a quem está disposto a correr riscos aplicando em ações da bolsa de valores, fundos Imobiliários, fundos multimercados e outros, todos investimentos de médio e longo prazo. Entre os ativos de risco, os fundos imobiliários perderam o glamour, pois as cotações despencarem na pandemia.  É recomendável esperar a recuperação da cotação para quem já detém os fundos, mas a rentabilidade deles tende a ser inversamente proporcional ao nível dos juros e da inflação. Já para investir em  ações  é sempre bom consultar um especialista, mas se a escolha dos papeis for boa, a rentabilidade pode ser alta, especialmente para quem investe em empresas que pagam dividendos como a Vale, por exemplo.

O dólar é um investimento de risco. Comprar dólar com a cotação superior a  US$ 5,00 só para quem esta acreditando numa disputa politica violenta em 2022, e mesmo assim vai ser difícil saber a hora de vender. Se o interesse é poupar para viagens, o melhor é comprar aos poucos e ter um bom preço médio. E há ainda a possibilidade de comprar ativos fora do Brasil, mais aí o mais recomendável é investir em fundos cambiais ou fundos que aplicam em moeda estrangeira.

                        CUSTO DOS IMÓVEIS EM SALVADOR

No primeiro trimestre do ano, a venda de imóveis na Bahia teve um aumento superior a 30%. Mas nesse período o  preço dos imóveis em Salvador aumentou de forma significativa e o motivo foi o aumento do custo dos insumos da construção civil.  O custo da construção, composto de materiais, equipamentos e mão de obra, subiu mais de 25% nos quatro primeiro meses do ano e as construtoras repassaram os aumentos, pois a demanda em alta permitia.  Com isso, o preço dos imóveis, especialmente em áreas mais valorizadas, tiveram aumentos de até 20%. O mercado ainda está aquecido e deve manter o crescimento, mas o aumento da taxa de juros e dos preços dos imóveis vãoi reduzir a demanda.

                             PIB DE SÃO PAULO E DA BAHIA

Entre janeiro e abril, o PIB do Estado de São Paulo cresceu 9,2% e a Fundação Seade, que faz o cálculo, prevê um crescimento de 7,1% no PIB paulista em 2021. Um dos fatores que estimularam esse crescimento foram as vendas externas, que cresceram quase 20% no quadrimestre. Embora em percentual menor, o PIB da Bahia também deve registrar crescimento expressivo, ancorado no agronegócio e nas vendas externas. Em maio, as exportações baianas atingiram quase 900 bilhões de dólares, valor recorde no mês, com um crescimento de 28%, em relação a 2020. Nos primeiros cinco meses do ano, as vendas externas da Bahia aumentaram 13%, com valorização média de 30% nos preços dos produtos baianos.

 

 

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