O ex-presidente Lula ampliou a sua vantagem sobre Jair Bolsonaro em um eventual segundo turno na disputa à presidência em 2022, conforme aponta a nova pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta quinta-feira, 8. O petista tem 49% das intenções de voto neste cenário, contra 35% do atual presidente da República.
A rodada de pesquisa do mês de julho mostra que, no geral, Lula tem 38% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 26%. O índice mostra um crescimento contínuo do ex-presidente nos últimos meses. Bem atrás, na corrida para tentar se consolidar como uma “terceira via”, Ciro Gomes, do PDT, surge com 10%, enquanto o ex-juiz Sergio Moro, declarado suspeito nos casos que envolvem Lula, com 9%.
O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ventilado como candidato pelo DEM, aparece com 3%, praticamente empatado com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e Guilherme Boulos (PSOL). O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que recentemente se assumiu publicamente homossexual, aparece ligeiramente melhor com 4%.
AVALIAÇÃO
Segundo a pesquisa, a avaliação negativa do governo Bolsonaro atingiu a pior marca desde o início do mandato. Desde outubro do ano passado, a proporção de brasileiros que avaliam o governo como ruim ou péssimo tem crescido mês a mês e chegou a 52% no início de julho. Há nove meses, no menor nível recente, o índice era de 31%.
Já os que avaliam o governo como bom ou ótimo somam 25% neste mês. Em outubro do último ano eram 39%.Os que avaliam como regular são 21% e 2% não souberam ou não responderam. Metade dos brasileiros também disseram que tem expectativas negativas para o restante do mandato. O que esperam algo de bom são três a cada dez.
A pesquisa também mediu o apoio da população a possível afastamento de Bolsonaro. Em cinco meses, a proporção da população que apoia o impeachment subiu 3 pontos percentuais para 49%. Já os que são contra tinham vantagem no início do ano e perderam, em cinco meses, 2 p.p. para 45%.
A pesquisa tem margem de erro de 3,2 pontos percentuais. Foram ouvidas 1 mil pessoas por telefone em todos os Estados do País entre os dias 5 a 7 de julho.