O vice-presidente Hamilton Mourão novamente minimizou a possibilidade de um impeachment do presidente Jair Bolsonaro e destacou que o Ministério da Saúdesempre foi uma pasta onde proliferaram casos de corrupção. Segundo o vice, o ‘desmanche’ dessa suposta estrutura na pasta levará tempo. Mais cedo, ao chegar no gabinete da Vice-Presidência, Mourão negou discurso contra corrupção do governo está abalado e disse que não há “espaço” para um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro prosperar. Na tarde desta quarta-feira, integrantes da oposição, tanto de esquerda quanto de direita, apresentaram um “super pedido de impeachment” ao presidente da Câmara, Arthur Lira.
— O Ministério da Saúde sempre foi um lugar onde a corrupção andou lá dentro e não se consegue da noite para o dia desmanchar uma estrutura que se encontra lá dentro. Isso é uma responsabildiade dos gestores, que têm que estar atentos a isso o tempo todo. Também existe uma Controladoria-Geral que tem que estar atenta a determinadas movimentações — afirmou.
O diretor do departamento de Logística exonerado nesta quarta-feira foi indicado já no governo Bolsonaro, em janeiro de 2019. Questionado sobre a saída dele e de outros servidores nos últimos dias, Mourão afirmou que as pessoas são substituíveis. Acuado, Bolsonaro ataca: ‘Não vai ser com mentiras ou com CPI integrada por sete bandidos que vão nos tirar daqui’
O vice-presidente afirmou que não tinha conhecimento de qualquer esquema que pudesse estiver em curso no Ministério da Saúde. Mourão repetiu o discurso do governo de que, quando foi informado pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) sobre o possível escândalo, teria notificado o então ministro Eduardo Pazuello. O general, entretanto, deixou o Ministério três dias depois.
— Eu nunca soube de alguma coisa que estivesse ocorrendo e acredito que o presidento, quando tomou conhecimento, acionou o ministro, que era o Pazuello, para que ele investigasse o que estava acontecendo. Seria a mesma reação que eu teria — afirmou.
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