O volume total do crédito bancário em mercado registrou crescimento em maio, mas as concessões de novos empréstimos caíram, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (28). Ao mesmo tempo, a taxa média de juros cobrada pelas instituições financeiras também recuou no período, na contramão da alta do juro básico da economia, a Selic.
Segundo a instituição, o volume total do crédito ofertado pelos bancos subiu 1,2% no mês passado, para R$ 4,177 trilhões, na comparação com R$ 4,126 trilhões em abril. Houve expansão de 0,7% na carteira de pessoas jurídicas (com saldo de R$ 1,816 trilhão) e alta de 1,7% na de pessoas físicas (para R$ 2,361 trilhões).
A taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito registrou pequeno aumento em maio, para 2,3%, na comparação com 2,2% em abril. Nas operações com pessoas físicas, a inadimplência avançou de 2,9% para 3% no mês passado e, no caso das empresas, subiu de 1,3% para 1,5%.
Apesar do crescimento do crédito total, segundo o BC, houve recuo de 1,86% nas novas concessões de empréstimos no mês passado, período em que somaram R$ 386,054 bilhões. Em abril, haviam totalizado R$ 393,363 bilhões. Segundo o BC, houve uma alta de 0,9% nas concessões para empresas e um recuo de 2,1% em pessoas físicas. Essa foi a primeira queda das concessões neste ano. O último recuo havia sido registrado em dezembro do ano passado.
Em doze meses até maio, o volume de crédito bancário registrou aumento de 16,1%, o que representa aceleração no ritmo de crescimento. Em doze meses até abril, a alta registrada foi de 15,1% no estoque dos empréstimos bancários.
Os juros bancários médios com recursos livres (sem contar habitacional, rural e BNDES) de pessoas físicas e empresas, recuaram de 29% ao ano, em abril, para 28,5% ao ano no mês passado – uma queda de 0,5 ponto percentual. No crédito livre, a instituição financeira tem mais liberdade para fixar a taxa de juro.
A queda dos juros bancários médios aconteceu em um momento de aumento da taxa básica de juros da economia. A taxa Selic começou a subir somente em março deste ano, quando avançou para 2,75% ao ano e, no início de maio, foi elevada para 3,5% ao ano. Em junho, subiu para 4,25% ao ano. (G1)
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil