A convenção Nacional do Patriota decidiu, por unanimidade, afastar o presidente da legenda, Adilson Barroso, por 90 dias. O dirigente afastado é próximo do presidente da República, Jair Bolsonaro, e sua saída pode comprometer filiação do titular do Palácio do Planalto na agremiação. O martelo foi batido em reunião que aconteceu em Brasília nesta quinta-feira (24).
Quem assume no lugar de é o vice-presidente do Patriota, Ovasco Resende, que se opôs às mudanças promovidas com intuito de abrigar Bolsonaro. “Sempre dissemos que o presidente Adilson fez uma série de irregularidades, que tratou de convenção atrás de convenção”, afirmou Jorcelino Braga, secretário-geral do Patriota, em entrevista coletiva dada após a reunião.
Ouvido pela CNN Brasil, o dirigente afastado contesta a legalidade do encontro que o retirou do comando do Patriotas. Segundo Barroso, a reunião não teve base jurídica e seus participantes são um grupo de “rebeldes” e “indisciplinados”. “Não estou afastado da presidência do Patriota, porque o ato que alguns integrantes assinaram é ilegal. Eles querem processar alguém que quer somente filiar uma pessoa para a legenda? Não há nenhum crime aí. Esse grupo não tem autoridade nenhum”, declarou.
Foto: Marcos Correa/Presiência da República