O Banco Central (BC) aumentou a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 3,6% para 4,6%. A informação consta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado hoje (24) e, segundo o órgão, apesar da intensidade da segunda onda da pandemia de covid-19, os indicadores recentes da atividade econômica interna continuam mostrando evolução mais positiva do que o esperado.
“Adicionalmente, a recuperação parcial da confiança dos agentes econômicos, as medidas de preservação do emprego e da renda, o prognóstico de avanço da campanha de vacinação, os elevados preços de commodities [produtos primários com cotação internacional] e os efeitos defasados do estímulo monetário indicam perspectivas favoráveis para a economia”, diz o relatório.
Modelos matemáticos do BC, de acordo com a Agência Brasil, também indicam que recentemente houve uma redução da sensibilidade da atividade econômica à intensidade da pandemia, fato que pode estar ligado à surpresa positiva com os dados da atividade no período.
No primeiro trimestre do ano, o PIB cresceu 1,2% em relação ao trimestre anterior, segundo o BC, retornando ao patamar do último trimestre de 2019, antes da pandemia, com resultados positivos nos três setores da economia: serviços, agropecuária e indústria. “O desempenho positivo ocorreu a despeito do ambiente de recrudescimento da pandemia da covid-19 e da retirada do auxílio emergencial para pessoas em situação de vulnerabilidade, superando as expectativas que grande parte dos analistas econômicos tinha na data do último Relatório de Inflação [em março]”, explicou o BC.
FOTO: RAPHAEL RIBEIRO/BCB