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PESQUISA APONTA QUE VACINA EVITOU MORTE DE 43 MIL IDOSOS

Redação - 18/06/2021 07:10

Um estudo aponta tendência de queda proporcional de mortalidade em idosos com mais de 70 anos com o avançar da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Segundo pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Sul do Rio Grande do Sul, e da Universidade Harvard, dos Estados Unidos, a imunização evitou a morte de 43.082 pessoas pela doença em 2021 no país.

Os resultados mostram que a proporção de idosos entre o total de óbitos por coronavírus caiu de quase 28%, em janeiro, para 12% (entre quem tem mais de 80 anos) e 16% (entre quem tem de 70 a 79 anos) em maio. As mortes por outras causas permaneceram estáveis no período. Para o coordenador do estudo, o epidemiologista Cesar Victora, da UFPel, o Brasil já teria ultrapassado o número de 500 mil mortes de Covid-19 sem a vacinação. “Nós estamos chegando a 480 mil mortes. Se não fosse a vacina, seriam 530 ou 540 mil”, disse.

Também assinam o estudo os pesquisadores Marcia Castro e Susie Gurzenda, de Harvard, Arnaldo Correia de Medeiros e Giovanny França, do Ministério da Saúde, e Aluisio Barros, da UFPel. Para os pesquisadores, os resultados fornecem evidências da efetividade das vacinas CoronaVac e AstraZeneca/Oxford, as primeiras a serem administradas contra a Covid no país. Os imunizantes também são eficazes contra a circulação da cepa P.1, conhecida como variante brasileira do vírus, afirmam.

De acordo com o trabalho, 99% da população com mais de 80 anos já recebeu, ao menos, a primeira dose da vacina. Entre os maiores de 70, o índice é de 94%. Um estudo semelhante feito entre fevereiro e abril apontou que 13,8 mil mortes entre maiores de 80 anos foram evitadas com a vacinação. Ainda assim, Victora comenta que, mesmo com a vacinação, algumas mortes podem ocorrer. “Nenhuma vacina é 100% efetiva. O que interessa é se, em uma grande população como a brasileira, ela consegue reduzir a mortalidade. E ela conseguiu”, avalia.

Foto: divulgação

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