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DOCUMENTOS INDICAM QUE BRASIL DESISTIU DE DOSES DO COVAX

Redação - 11/06/2021 13:30

Documentos sigilosos entregues à CPI da Pandemia e obtidos pela CNN indicam que o governo federal desistiu de comprar mais de 40 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 ao negociar com o Covax Facility, o consórcio internacional sob supervisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi). Trocas de comunicações diplomáticas entre a Embaixada do Brasil junto à OMS em Genebra, o governo brasileiro e a Gavi registram que o país inicialmente fecharia com o Covax por uma cota de vacinas que pudesse imunizar 20% da população brasileira e, às vésperas da assinatura do contrato, mudou de ideia, reduzindo esse percentual para 10%.

Na prática, isso representou que o Brasil deixou de fechar a compra de 85 milhões de doses para ficar com metade dessa quantidade, 42,5 milhões de doses. Os documentos também registram que, durante as negociações de adesão do Brasil ao Covax, o general Eduardo Pazuello, então ministro da Saúde, pediu para ter uma reunião com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. No encontro, que o ministro pediu que tivesse conteúdo sigiloso, Pazuello não tratou de vacinas. Ele ofereceu à Organização Mundial da Saúde os conhecimentos do Brasil em “tratamento precoce” da Covid-19, com medicamentos sem eficácia comprovada para tratar a doença do novo coronavírus.

Foto: divulgação

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