O companheirismo e a lealdade são requisitos básicos para manter um relacionamento saudável. Mas será que essas virtudes acompanham os casais brasileiros quando o assunto é dinheiro? Para descobrir a resposta, a Onze, fintech de previdência privada e saúde financeira, realizou uma pesquisa com 3.800 pessoas entre os dias 19 e 24 de maio e concluiu que 91% da amostra dizem considerar suas finanças transparentes e 87% afirmam que as finanças do (a) parceiro (a) são, de fato, muito claras. Contudo, apesar de se considerarem fiéis financeiramente, 25% fazem compras escondido ao menos uma vez por ano.
O estudo da fintech também mostrou que 33% dos casais têm rendas semelhantes. Já entre aqueles com salários discrepantes, é comum que os homens ganhem mais. 73% dividem as despesas domésticas, mas 42% afirmam que uma das partes paga a maioria das contas, enquanto 27% arcam sozinhos com as despesas. Apenas 7% consideram injusta a divisão das contas.
A exceção à sintonia financeira dos casais está nos gastos escondidos: 25% escondem compras de seus parceiros ao menos 1 vez por ano, sendo que 15% afirmam que a omissão é um hábito praticado ao menos uma vez por mês. A prática é mais comum entre aqueles que não fazem planejamento financeiro em conjunto. O estudo conduzido pela Onze mostra que o plano financeiro, seja ele feito pelo casal ou individualmente, ainda é uma dificuldade para a maioria das pessoas. 31% dos casais não realizam nenhum controle de suas finanças. Apenas 35% controlam os gastos juntos.
Investimentos
O estudo também revela que há quem prefira cuidar de seus investimentos sozinho. Dos 3.800 entrevistados, 40% investem, 22% por conta própria e apenas 17% em conjunto com o (a) parceiro (a). Ainda assim, estes perfis são minoria, pois 60% não fazem qualquer tipo de investimento. Os objetivos variam de acordo com o gênero. Os homens tendem a poupar para reservas de emergência (51%), independência financeira (28%), conquista de imóvel próprio (21%) e garantia do futuro dos filhos (20%).
As mulheres também priorizam fundos de emergência (45%) e poupam mais pensando no imóvel próprio (29%) e no futuro dos filhos (21%). A independência financeira aparece em quarto lugar (18%). Há ainda aqueles que tiveram grandes perdas nos investimentos e aguardaram para comunicar o (a) parceiro (a): 34%, enquanto 14% ainda não comunicaram sobre o prejuízo financeiro. De acordo com os dados da pesquisa, 33% dos casais não investem porque não conseguem poupar, enquanto 31% afirmam que poderiam investir, mas falta organização, 25% têm outras prioridades e 10% têm vontade, mas não sabem por onde começar.
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