A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou nesta quarta-feira, 9, a intenção do governo de diferenciar a alíquota do setor de serviços na reforma tributária, enquanto a indústria pagaria imposto mais alto.
O Ministério da Economia estuda a proposta. A alíquota será inferior aos 12% propostos para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para que a carga tributária do setor não aumente. O ministro da Economia, Paulo Guedes, indicou a congressistas que essa alíquota pode ficar em 8%.
De acordo com a CNI, é um equívoco do ponto de vista econômico e social. Disse que a carga tributária da indústria de transformação é de 46,2% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto o setor de serviços é de 22,1%.
A CNI disse ainda que a proposta minimiza os incentivos para investimentos na indústria que, segundo a entidade, tem maior capacidade de puxar o crescimento da economia. “Cada R$ 1 produzido na indústria de transformação gera outro R$ 1,67 na produção da economia como um todo, sendo que, deste R$ 1,67, R$ 0,84 são gerados no setor de serviços”, afirmou.