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OTTO E QUEIROGA BATEM BOCA NA CPI: “PSEUDO-VACINAÇÃO”

Redação - 08/06/2021 16:00 - Atualizado 08/06/2021

O senador Otto Alencar (PSD-AM) acusou nesta terça-feira, 8, durante sessão da CPI da Pandemia, que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, realiza uma pseudo-vacinação no Brasil “por falta de conhecimento”. Otto e Queiroga bateram boca e a sessão foi suspensa pelo presidente do colegiado, senador Osmar Aziz (PSD).

A discussão teve início após o senador baiano questionar sobre o fato de o ministério ter determinado que a segunda dose da vacina da Pfizer deveria ser aplicada três meses após a primeira dose. Na bula, segunda Otto, a previsão é de apenas 21 dias entre a primeira e a segunda dose.

“Está errado mandar aplicar fora da bula. O senhor deveria, pelo menos, ter lido a bula. O ato mais irresponsável que o ministro da Saúde pode fazer é determinar a aplicação da vacina sem ter conhecimento dos efeitos colaterais”, criticou Otto.

Em seguida o senador revelou um caso de uma gestante que morreu após administração da vacina. “Na Pfizer está escrito que não pode ser aplicado em gestante. O senhor deveria ler a bula, que aponta efeitos colaterais graves [em gestantes]”, reforçou.

O ministro rebateu o senador ao defender que ele não poderia desqualificar a autoridade sanitária do país por não ter lido uma bula. “A indicação da vacina é fora do bulário. Na minha gestão distribuímos 70 milhões de dose de vacina para a população (…) A sociedade brasileira reconhece os nossos esforços e não admito que seja desqualificado um patrimônio da sociedade brasileiro”, disse Queiroga.

Em seguida, Otto negou que estivesse desqualificando a pasta e citou o ministério de omitir uma norma técnica encaminhada aos estados recomendando a vacinação em gestantes que tinham recebido a primeira dose da Astra Zenica com qualquer outra dose de vacina que estivesse disponível, o que chamou de “intercambialidade”.

“Fale a verdade ministro. A ciência não permite mentir (…) A paciente [gestante] morreu com a dose da Astrazenica. Eu disse que o senhor não leu [a bula]. O senhor é autoridade sanitária do país e é quem determina quem deve ou não tomar a vacina. O senhor está produzindo uma pseudo-vacinação no Brasil”, acusou Otto.

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