O setor de serviços, que representa a principal fatia do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, teve variação positiva de 0,4% no primeiro trimestre de 2021, em relação aos três últimos meses de 2020. O dado foi divulgado nesta terça-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Pela ótica da oferta, o setor responde por cerca de 70% do PIB. Engloba uma grande variedade de negócios, de pequenos comércios a instituições financeiras e de ensino. Também é o principal empregador no país. Ao longo da crise do coronavírus, serviços diversos foram atingidos por restrições à circulação de pessoas. É que o setor reúne empresas dependentes do movimento presencial de clientes, como bares, restaurantes e hotéis.
No primeiro trimestre, a piora da pandemia chegou a gerar novas restrições a serviços. As taxas de isolamento, entretanto, ficaram menores se comparadas ao início da crise sanitária. O IBGE também informou que a indústria, outro grande setor pela ótica da oferta, teve alta de 0,7% no primeiro trimestre.
Durante a crise sanitária, uma queixa recorrente de empresários industriais é sobre a escassez de insumos e a disparada de preços de matérias-primas, reflexos do desarranjo de cadeias produtivas e da alta do dólar. Em abril, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) afirmou que a “economia terá problemas enquanto toda a população não for vacinada”.
A agropecuária, que completa o trio de setores pelo viés da oferta, teve crescimento de 5,7% no primeiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores. Ao longo da pandemia, o setor conseguiu crescer com o apetite internacional por commodities.
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