A Azul está iniciando discussões com arrendadores de aviões para preparar um plano de ação para comprar a Latam Brasil. Com cortes de despesas e preservação de caixa, a companhia aérea fica financeiramente confortável para expandir seus negócios através de aquisições no pós-pandemia.
As negociações da Azul com a rival que tem sede no Chile não têm tido efeito. Até julho, a Latam Group deve apresentar seu plano de recuperação judicial à justiça de Nova York – nesse momento a Azul poderia entrar nesse processo fazendo uma oferta de compra para adquirir as operações no Brasil, sendo apoiada pelas companhias de leasing de aviões que estão no grupo de principais credores da Latam Group.
O presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, afirmou à Valor que “o plano [de recuperação judicial] é discutido. Pode haver mais de um. Os planos podem competir um com o outro”, disse. O executivo, entretanto, demonstrou ceticismo com a operação diante de todas as aprovações que seriam necessárias. “Nada impede que se explore outros planos, mas o plano da Latam não é esse”.
A Azul já havia sinalizado à Latam sua intenção de dar continuidade à consolidação, ou seja, adquirir toda a operação da empresa no país. Mas, segundo a Valor, o grupo chileno resistiu. O Brasil corresponde a aproximadamente 60% nos negócios da Latam Group.
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